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segunda-feira, 19 de abril de 2010

Federação do Comércio escolhe nova diretoria


(Alessandra Nascimento)

No próximo dia 20 de maio, acontecem as eleições para a escolha da nova diretoria, incluindo o cargo de presidente na Federação do Comércio do Estado da Bahia. Dotada de um orçamento de mais de R$ 100 milhões por ano, a Federação também comanda o sistema S composto pelo SESC, SENAC. Entre as propostas ambas as chapas mantêm uma questão irredutível: minimizar o número de reeleições.
Tanto o atual presidente, Carlos Amaral, quanto o candidato da oposição, Paulo Mota, pregam a minimização das reconduções para apenas dois mandatos consecutivos. As eleições também foram marcadas por questões jurídicas. Cerca de 17 membros da chapa 1, encabeçada por Paulo Mota, tiveram suas candidaturas impugnadas. A decisão sai agora dia 26 deste mês, numa reunião de diretoria.
Segundo Mota, se houvesse chapa única não existiriam duas chapas concorrendo ao pleito. “Os companheiros já fazem parte da atual gestão da Federação do Comércio. Se eles estivessem apoiando a chapa 2 acredito que não teriam suas candidaturas impugnadas”, desabafa.
Mota também comenta sobre as propostas que defende. Além de limitar a apenas uma reeleição, que tem cada mandato composto de quatro anos, o atual presidente do Sindicato dos Lojistas da Bahia defende a renovação a cada processo eleitoral de 30% da diretoria.
“Tencionamos passar para sindicatos filiados a representação residual. Queremos ampliar a representação dos sindicatos. Nossa intenção é fortalecer os sindicatos baianos. Cerca de 95% do que é arrecadado hoje, que ultrapassa os R$ 100 milhões anuais, são oriundos do Sesc e Senac. Cerca de R$ 3 milhões somente vem da Federação”, informa.
Ele diz que pretende implantar ensino médio no Sesc e trazer uma faculdade para o Senac, além da valorização dos 1,8 mil funcionários.
“Queremos oxigenar a Federação do Comércio e para isso pleiteamos que o departamento jurídico tenha maior agilidade para atender os empresários. Vamos dotar o setor de satélite para agilizar as respostas. As consultas do empresariado serão respondidas simultaneamente. A gestão sindical será voltada para fortalecer os sindicatos do Estado. Hoje são 28 sindicatos filiados à Federação do Comércio, 15 deles situados na capital. A chapa 1 conta com a participação de 16 deles”, avisa.
Traição - O atual presidente da Federação do Comércio, Carlos Amaral, que também prega o fim das várias reeleições, diz que pretende alterar o estatuto da entidade para rever a questão das reeleições.
“Pretendo tornar a Federação do Comércio uma entidade cada vez mais forte. Um consultor foi contratado para isso. Vou introduzir um dispositivo no Estatuto para que ocorra somente uma reeleição. Também pretendo interiorizar os dois braços sociais – Sesc e Senac – e estender a atuação da Federação por todo o interior. A Federação não representa só a capital, mas os sindicatos do interior que precisam ser mais fortes”, esclarece.
Em relação às impugnações de 17 membros da chapa 1, adversária a chapa 2 do atual presidente Carlos Amaral, ele diz que o ato foi feito por companheiros de chapa. “No próximo dia 26 haverá uma reunião com a diretoria para ver a questão da impugnação. Levei sete meses ausente no meu mandato em razão de problemas de saúde. Em julho do ano passado, todos os sindicatos fizeram uma moção para minha recondução. Entretanto acharam que eu iria morrer.
Surgiu a outra chapa e membros desta chapa 1 também assinaram a moção pela minha recondução ao cargo. Enfrento esse momento com dignidade”, revela.

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